Caramba, hoje estreiou a nova novela das 18h, Araguaia. Não posso dar opinião sobre esse início, pois estive fora durante a exibição. Aliás, pra eu voltar a ver uma novela das 18h, acho que vai ser difícil... o horário não favorece em nada!
A trama vem com a difícil missão de substituir Escrito nas Estrelas, de Elizabeth Jhin, autora que cresceu MUITO em sua segunda novela solo. A obra, aliás, foi a maior audiência da Globo desde Eterna Magia (2007), primeira novela de Jhin.
Postei sobre o autor Walther Negrão há um tempo atrás, sendo que minha opinião sobre ele continua a mesma: é um ótimo autor, porém esqueceu sua criatividade e sua veia de novelista em algum lugar do ano passado - mais precisamente dos anos 90.
O capítulo de estreia marcou 26 pontos na prévia, um número considerado bom para os dias atuais. Resta saber se o autor resistirá às provas que a Globo está impondo a ele, como escrever no horário de verão e do fim de ano (quando o número de tvs ligadas cai assustadoramente, principalmente no horário das 18h). Negrão, aliás, não tem dado sorte nesse quesito. Suas duas últimas novelas (Como Uma Onda/2004 e Desejo Proibido/2007) foram ao ar em épocas semelhantes a esta de agora.
A abertura parece bonita, mas não prende. A única coisa legal foram os efeitos de transição entre as cenas, que aparecem congeladas. A música é de dar sono... confira abaixo:
Acho uma pena também o fato de Regina Duarte durar poucos capítulos na trama, uma vez que ela anda afastada da televisão e carecendo de algum papel de destaque na teledramaturgia. Porém, ainda nos sobram os talentosos Lima Duarte e Laura Cardoso, felizmente.
Murilo Rosa e Cléo Pires não me agradam como casal protagonista. Novamente também vemos duas mulheres disputando o amor do mocinho. Acho que seria mais interessante, a título de novidades nas novelas, inverter o triângulo... por que não dois homens disputando o amor de uma mulher?
Acho cedo demais para julgar uma obra, mas acho que dificilmente irei parar o que estou fazendo no horário pra assistí-la. Tenho preferido, por exemplo, acompanhar o remake de Tititi, que está arrasando.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Sete Pecados?! Errou... e errou feio!

Gente, eu havia dito há algumas postagens atrás, antes sequer das chamadas das novelas começarem a passar na programação. Sete Pecados (2007) foi um erro para jamais ser reprisado, ao contrário de novelas ruins de audiência, mas merecedoras de uma reprise, como foi o caso de Força de Um Desejo (1999).
A salada de Walcyr Carrasco, sua primeira incursão no horário das 19h e nas tramas contemporâneas, não vingou! O autor escalou seu elenco habitual, composto por Priscila Fantin, Elizabeth Savalla, Malvino Salvador e Nivea Stelmann, entre outros. A ideia dos núcleos que representavam os sete pecados tropeçou feiamente, dando espaço ao folhetim convencional do meio pro fim da novela. Cláudia Raia foi varrida do elenco por atritos com o autor, segundo correm as fofocas de bastidores.
Criaram-se novamente as famosas situações extremamente "Walcyrnescas", onde ocorriam as cenas de flagrantes de traições com o suposto traidor dopado e carregado para a cena do crime - caso da personagem de Giovanna Antonelli. Ou então aconteciam os mil casamentos, onde sempre o noivo ou a noiva passavam por algum problema e acabavam não casando. Isso sem contar os personagens fora do tom e exageradamente "palhacescos", mais uma vez o caso de Savalla e Malvino Salvador, vivendo mais do mesmo.
Acho o texto de Walcyr Carrasco MUITO fraco... seus diálogos são sofríveis e ele não se renova. Em Caras & Bocas (2009) já notei uma leve melhora, mas não consigo acompanhá-lo. Porém, admito que ele é um autor extremamente folhetinesco e o público admira esse tipo de obra. O telespectador brasileiro das novelas gosta de ver sempre o mesmo formato, infelizmente. A tv está fechada para inovações neste quesito!
Bom... quanto à reprise deste "Grande Sucesso", segundo o locutor das chamadas, a audiência - que já patinava por volta dos 16 pontos na reprise de Sinhá Moça (2006), antecessora no horário - caiu para ridículos 10/11 pontos nesta primeira semana. Um índice pífio! Se Silvio Santos for esperto, coloca alguma novela mexicana de forte apelo ao público pra brigar pela liderança na audiência.
Essa queda era previsível, pois em decisão tomada pela emissora em Março, a Globo optou pela reprise de novelas com "menos sucesso" na faixa de tarde, pois os anuniantes queriam redução na faixa de preço do horário noturno, dado que a audiência estava praticamente igual nestes dois momentos em muitos dias. Com isso, entrou Sinhá Moça no lugar de Alma Gêmea (2005), outra novela de Walcyr Carrasco.
E o público do horário, que clama por grandes sucessos dos anos 90 e até mesmo novelas mais recentes que foram de grande sucesso, fica a ver navios... uma pena!
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Malhação: até quando aguentaremos isso?
Pessoal, é fato: tudo na televisão tem um ciclo, que pode ser curto ou longo. Um fator principal contribui com isso: audiência (aceitação do público).
O seriado Malhação, no ar desde 1995, parece ser inatingível por tal lógica na televisão. Está no ar há exatos 15 anos e nunca sai da grade da programação da emissora Globo. O programa já foi uma academia de ginásticas, passou por uma fase mista e virou finalmente um colégio, onde os adolescentes interagem e vivem seus rolos e confusões por cerca de um ano, até entrarem novas estórias em cena.
O programa chegou a ter grandes índices de audiência, entre as temporadas de 2001 e 2004, quando apostou em rostos que já rondavam a emissora. A temporada de 2002, protagonizada por Juliana Silveira e Henri Castelli (FOTO), foi considerada a de maior sucesso da história do programa. Em 2004, com Juliana Didone, Guilherme Berenguer e Marjorie Estiano, o programa chegou a bater na casa dos 40 pontos, índice considerado EXCELENTE para o horário na época, inatingível hoje até para a novela das oito.

Nessa época, os rostos que apareciam na série eram mais conhecidos e uma parte maior do elenco costumava transitar entre uma temporada e outra, adaptando melhor o público às novas fases do programa. O seriado ainda contava com futuros autores de prestígio na emissora, como Andréia Maltarolli e Emanoel Jacobina, que tornavam a novelinha algo mais consistente e mais amarrado, sem o tão enfadonho tom do "vamos aprender em frente à tv".
O que se vê hoje no programa é um grupo de novos atores adentrando nos cenários a cada nova temporada do programa. A fórmula também está desgastada para o grande público: muito se falou dos problemas da adolescência, como gravidez, amor entre classes e raças, drogas, DSTs, obesidade, homossexualidade, rebeldia e distúrbios psicossociais. Porém, a maneira como esses assuntos são abordados são sempre os mesmos e já cansaram o telespectador.
Poucos atores das atuais fases de Malhação são aproveitados futuramente pela emissora em outros programas, isso para nem lembrar dos muitos que foram fazer novelas e programas em outros canais. Puro desperdício da Globo... por onde andam, por exemplo, Fernanda Nobre, Ludmila Dayer, Fábio Azevedo, Juliana Silveira, Mário Frias, Roger Gobeth, Gisele Frade e Sérgio Hodjakoff? Aposto que você nem lembra de muitos desses nomes, não?
A audiência atual da novelinha é um desastre e não se sabe por quanto tempo ela irá perdurar na grade da Vênus Platinada... o negócio é torcer pra não arranjarem algo pior pra tapar o buraco quando a casa cair, não é mesmo?
O seriado Malhação, no ar desde 1995, parece ser inatingível por tal lógica na televisão. Está no ar há exatos 15 anos e nunca sai da grade da programação da emissora Globo. O programa já foi uma academia de ginásticas, passou por uma fase mista e virou finalmente um colégio, onde os adolescentes interagem e vivem seus rolos e confusões por cerca de um ano, até entrarem novas estórias em cena.
O programa chegou a ter grandes índices de audiência, entre as temporadas de 2001 e 2004, quando apostou em rostos que já rondavam a emissora. A temporada de 2002, protagonizada por Juliana Silveira e Henri Castelli (FOTO), foi considerada a de maior sucesso da história do programa. Em 2004, com Juliana Didone, Guilherme Berenguer e Marjorie Estiano, o programa chegou a bater na casa dos 40 pontos, índice considerado EXCELENTE para o horário na época, inatingível hoje até para a novela das oito.

Nessa época, os rostos que apareciam na série eram mais conhecidos e uma parte maior do elenco costumava transitar entre uma temporada e outra, adaptando melhor o público às novas fases do programa. O seriado ainda contava com futuros autores de prestígio na emissora, como Andréia Maltarolli e Emanoel Jacobina, que tornavam a novelinha algo mais consistente e mais amarrado, sem o tão enfadonho tom do "vamos aprender em frente à tv".
O que se vê hoje no programa é um grupo de novos atores adentrando nos cenários a cada nova temporada do programa. A fórmula também está desgastada para o grande público: muito se falou dos problemas da adolescência, como gravidez, amor entre classes e raças, drogas, DSTs, obesidade, homossexualidade, rebeldia e distúrbios psicossociais. Porém, a maneira como esses assuntos são abordados são sempre os mesmos e já cansaram o telespectador.
Poucos atores das atuais fases de Malhação são aproveitados futuramente pela emissora em outros programas, isso para nem lembrar dos muitos que foram fazer novelas e programas em outros canais. Puro desperdício da Globo... por onde andam, por exemplo, Fernanda Nobre, Ludmila Dayer, Fábio Azevedo, Juliana Silveira, Mário Frias, Roger Gobeth, Gisele Frade e Sérgio Hodjakoff? Aposto que você nem lembra de muitos desses nomes, não?
A audiência atual da novelinha é um desastre e não se sabe por quanto tempo ela irá perdurar na grade da Vênus Platinada... o negócio é torcer pra não arranjarem algo pior pra tapar o buraco quando a casa cair, não é mesmo?
Assinar:
Postagens (Atom)